
A escolha de uma carreira é um momento crucial na vida de qualquer pessoa e pode ocorrer em diferentes momentos, de acordo com o que uma série de fatores, como necessidade e oportunidade. Talvez você precise começar a trabalhar antes mesmo de se formar no ensino médio; ou então talvez você esteja se formando na faculdade e ainda não sabe ao certo qual caminho profissional seguir.
Somos obrigados a decidir “o que a gente quer ser” muito cedo. Às vezes antes mesmo de completar 18 anos, escolhemos qual área de estudo prestar no vestibular e isso é assustador. E se eu não souber o que eu quero estudar ainda? E se eu não quiser ou puder ir para a faculdade agora? E se eu me formar e não me interessar pelos trabalhos do setor? E se as minhas opções ficarem limitadas?
É completamente normal ficar cheio de dúvidas e preocupações neste momento. Além de tudo isso, somos bombardeados por todos os lados por frases feitas, conselhos mal dados e diversos mitos sobre a escolha de carreira que não condizem com a realidade.
Pensando nisso, trouxemos algumas dicas de sites sobre carreira e vida profissional, como ed4career e The Balance Careers, para desmentir cinco destes mitos mais disseminados.
1. Meu diploma determina ou limita as minhas opções de carreira
Uma pesquisa realizada pela American Community Survey apontou que apenas um quarto dos graduados nos Estados Unidos trabalha em uma carreira relacionada ao seu diploma acadêmico. Apesar de ter uma formação oficial ajuda a aumentar as suas perspectivas de empregabilidade e seu potencial salarial, ela não ditará apenas uma carreira para você seguir.
Existem muitos fatores que influenciam a escolha de carreira de qualquer pessoa, como interesses, habilidades, valores pessoais, experiência prévias, localização geográfica, necessidade financeira, planos para o futuro e muito mais.
Um diploma acadêmico pode levar a diversas carreiras diferentes dentro da área de estudo escolhida e até mesmo além dela.
2. Há uma carreira certa para cada pessoa
Talvez exista mais de uma dezena de carreiras adequada para você e suas habilidades, interesses e valores. Mais do que carreiras, há diferentes funções que uma pessoa pode exercer bem em diferentes setores. E a escolha vai depender do momento em que você está na sua vida.
Além disso, escolher uma carreira não significa decidir o que você fará para o resto da sua vida.
Muitas pessoas conseguem, de fato, antecipar múltiplos caminhos profissionais a partir da escolha da área de estudo. Mas também é comum graduar-se, trabalhar alguns anos no setor de formação e depois descobrir que não é isso que você gostaria de seguir para sempre.
O importante é entender que, não importa quantas vezes você troque de área ou de carreira, o seu conjunto de habilidades pessoais, conhecimentos e treinamento vai com você, independente da fase em que estiver na sua vida profissional.
Por isso, ao considerar uma mudança de carreira, avalie o seu histórico de trabalhos e estudos para identificar qual opção é mais adequada ao seu conjunto individual de habilidades técnicas e sociais.
3. Eu tenho que achar a minha paixão ou o meu chamado para ser feliz profissionalmente
Já ouviu aquela máxima "Trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida"? Ela nem sempre é real. A verdade é que transformar uma paixão em trabalho pode ser desgastante e fazer com que você se enjoe de algo que antes era uma atividade prazerosa.
Sentir-se apaixonado por sua profissão é, com certeza, algo valioso, mas não é obrigatório encontrar um emprego significativo e satisfatório para ter uma carreira de sucesso e de realização pessoal.
De acordo com o artigo do site azbigmedia, há um número de fatores que contribuem à sensação de satisfação no trabalho. Veja alguns exemplos:
- Escopo de tarefas: Funções que proporcionem um alto nível de variedade nas atividades do seu trabalho, fazendo com que não caiam em uma monotonia.
- Companhia de trabalho: Trabalhar com pessoas com quem você se dá bem e se importa pessoalmente.
- Condições do trabalho: Localização, instalações, ambiente e cultura organizacional impactam diretamente na qualidade do trabalho.
- Carga de trabalho: muito pouco ou trabalho demais altera o seu comprometimento emocional e pode causar estresse, tédio o esgotamento.
- Autonomia: a capacidade e liberdade de fazer escolhas sobre como executar o seu trabalho.
- Oportunidades educacionais: a chance de aprender e aumentar o seu conjunto de habilidades.
4. Um teste ou um coach pode selecionar a minha carreira
Os testes vocacionais ou de avaliação de carreira são úteis para ajudá-lo a aprender mais sobre você mesmo e as melhoras maneiras de vincular as suas habilidades e interesses a possíveis opções de carreira. No entanto, eles não podem ditar exatamente qual campo seguir.
De maneira semelhante, um orientador, aconselhador ou coach de carreira também te auxilia na autoavaliação e autocompreensão e, no final das sessões, pode até fazer sugestões sobre carreiras condizentes com base nas informações coletadas a partir do trabalho dele. Porém, ele também não pode selecionar uma carreira para você.
Os dois serviços são válidos para tirar dúvidas sobre profissões, descobrir qual treinamento você precisa antes de decidir-se por uma carreira e compreender quais de suas habilidades se destacam e serão proveitoss à sua vida profissional. No entanto, no final, a decisão ainda é só sua.
5. Escolha a carreira baseado na expectativa de salário ou na área em alta no momento
Com frequência, especialmente em anos marcantes como no início de uma nova década, por exemplo, diversas publicações pesquisam e divulgam listas de empregos populares – profissões “em alta” no momento ou que vão crescer em popularidade em um futuro muito próximo.
Essas listas são recursos interessantes não só para compreender a sociedade atual mas também para pesquisar por possibilidades profissionais promissoras. Entretanto, elas não são recomendáveis como fator decisivo para a sua escolha de carreira.
Segundo o site The Career Balance, embora as previsões sejam geralmente baseadas em dados válidos, as coisas mudam com uma rapidez impressionante na nossa sociedade atual. Talvez até o final da sua graduação, as tendências já sejam outras. O que está em alta agira pode estar perdendo a força daqui um, dois ou cinco anos.
Um exemplo extremamente recente é a reviravolta que a pandemia da Covid-19 causou no mercado de trabalhos. Quando algo dessa magnitude acontece, as carreiras são reavaliadas e até mesmo reinventadas.
Leia mais:
O que é inteligência emocional?