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Estude no exterior : Perspectivas profissionais

Como um trabalho no exterior pode ajudar a alavancar o seu sucesso profissional

Profissionais que já tiveram a oportunidade de trabalhar fora do país têm características que se destacam aos olhos do entrevistador. Leia depoimentos de brasileiros no artigo!

Um trabalho no exterior pode ajudar no sucesso profissional

O desejo de aperfeiçoar o inglês está entre os motivos mais citados pelos estudantes que decidem viver um intercâmbio – e, como se sabe, o domínio da língua (que já foi visto como um grande diferencial) é hoje condição básica para conseguir entrar no mercado de trabalho.

 

O que poucas pessoas percebem, no entanto, é que muito além da fluência em um segundo idioma, uma experiência de trabalho no exterior pode significar a obtenção de diversas outras habilidades e valores igualmente essenciais para a sua carreira.

 

Estudar no exterior: alavanca para o sucesso profissional

 

Um trabalho no exterior pode ajudar no sucesso profissional

 

Para a gestora de recursos humanos do STB, Lucia Neves, qualidades como maturidade, confiança, independência e coragem para encarar desafios, por exemplo, são mais presentes em candidatos que já tiveram este tipo de vivência. “Profissionais que já tiveram a oportunidade de trabalhar fora do país têm características que se destacam aos olhos do entrevistador: são mais rápidos, têm mais jogo de cintura, conseguem se comunicar com mais facilidade e gostam de interagir com as pessoas”, explica.

 

Lucia destaca, ainda, que é justamente este o tipo de pessoa mais propensa a ocupar cargos de liderança daqui para frente. “O perfil do líder mudou demais nos últimos anos. E, quem não entende, motiva ou interage com as novas gerações está com os dias contados”.           
           

Habilidades desenvolvidas após um período de trabalho no exterior

 

Dificilmente ensinadas dentro de uma sala de aula ou adquiridas no conforto da rotina, estas e outras habilidades são naturalmente conquistadas durante uma experiência internacional. É que o convívio diário com pessoas e costumes diferentes acaba colocando o viajante frente a frente com situações onde o senso de responsabilidade, de planejamento, de tolerância e de flexibilidade são postos à prova, como explica a estudante universitária Fernanda Serra, que trabalhou por três meses nos parques da Disney em 2016.

 

“O nível de exigência no parque era bem elevado e, além das minhas funções corriqueiras (como arrumar o estoque e cuidar do caixa das lojas, por exemplo), eu tinha que estar sempre disponível para dar informações e orientar guests [os frequentadores do parque] das mais diversas partes do mundo, o que me ajudou a vencer a vergonha e a desenvolver um lado mais comunicativo", conta Fernanda, que conseguiu o seu primeiro estágio profissional poucos meses depois de voltar do programa de trabalho na Disney.

 

"Além disso, como os nossos horários não eram fixos,eu estava sempre preparada para lidar com possíveis imprevistos. Acredito que tudo isso me ajudoua ficar mais à vontade durante as entrevistas e dinâmicas de grupo que participei quando voltei para o Brasil.”

 

Crescimento na procura por programas de estudo e trabalho no exterior

 

Com todos esses benefícios, nem mesmo a crise econômica que atingiu o país nos últimos anos conseguiu impedir que as buscas pelo intercâmbio de trabalho aumentassem. Segundo Bruno Contrera, gestor de Cursos e Universidades no Exterior do STB, o número de pessoas interessadas em trabalhar e estudar no exterior cresceu 40% em 2016.

 

Dentre os países mais procurados para este fim estão o Canadá, a Austrália e os Estados Unidos – que, apesar de se diferenciarem em termos de carga horária, remuneração, necessidade de visto ou de fluência no idioma, geralmente têm em comum o fato de ofertarem vagas mais voltadas para áreas de serviço.

 

“Os estudantes conseguem empregos  em áreas mais operacionais no início do programa e podem ir melhorando o tipo de trabalho como passar do tempo”, explica Bruno. “Já os cursos mais específicos oferecem experiência na área. Nesses casos, além de aprender com profissionais do mercado, os estudantes têm a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que estão aprendendo em sala de aula”, conclui.

 

Conheça, abaixo, alguns dos principais programas de trabalho e estudo que contemplam estes destinos:

 

Trabalho e estudo no Canadá


Quem deseja estudar e trabalhar no Canadá deve procurar por cursos vocacionais, de graduação ou pós-graduação – que poderão ser realizados tanto em colleges particulares como públicas. Em ambos os casos, o estudante terá permissão para trabalhar por 20 horas semanais durante o período do curso e poderá estender sua permanência no país após o término das aulas.

 

“Se tiver estudado em uma college pública, o estudante poderá aplicar para o PGWP, um programa que garante a oportunidade de trabalhar no Canadá por mais dois ou três anos. Já para quem estuda em escolas particulares, é possível estender o visto pela mesma duração do programa. Ou seja, se o estudante tiver feito um curso de 48 semanas de duração, ele terá o direito de continuar trabalhando no Canadá por mais 48 semanas”, explica Contrera.

 

Trabalho e estudo na Austrália

           
Com duração mínima de 13 semanas, os programas de estudo e trabalho na Austrália permitem que os estudantes trabalhem por 20 horas semanais. Durante o período de férias, concedido após 12 semanas de aula, o estudante pode optar por viajar ou por continuar trabalhando – sendo que, nesse caso, o governo australiano permite que o tempo de trabalho dobre, passando de 20 para 40 horas semanais.

 

Trabalho e estudo nos Estados Unidos         


Nos programas de extensão universitária com nove ou mais meses de duração, o aluno pode estudar e trabalhar nos Estados Unidos por meio período em cargos oferecidos dentro da própria instituição de ensino.

 

Caso haja interesse, o estudante também poderá aplicar para o OPT (Optional Practical Training), que dá direito a trabalhar no país por mais um ano após o término do curso. Já nos programas de estágio, o trabalho só é permitido após o término das aulas, durante um período de 60 dias conhecido como Grace Period. Segundo Contrera, estes estágios não são remunerados, mas contemplam áreas de interesse dos estudantes.          
 

Leia também: Por que empregadores contratam quem estudou no exterior?

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