
Depois das mudanças ocorridas no segundo semestre de 2016, que excluíam as graduações do programa, o Ministério da Educação anunciou de vez o fim do Ciência sem Fronteiras. Após mais de quatro anos de duração e 100 mil bolsas de estudo concedidas, o governo brasileiro não abrirá mais novos editais para a seleção de candidatos. As razões principais seriam a escassez de verbas e o baixo nível de proficiência no inglês dos bolsistas.
Apesar de declarar que o programa mudará apenas de foco, excluindo as graduações, que equivaliam a 79% dos participantes, e destacando as pós-graduações, intercâmbios e cursos de inglês, não serão anunciados mais editais para a concessão de novas bolsas de estudo. As seleções abertas para pós-graduações e doutorados sanduíches e os mais de 4 mil brasileiros que já estão no exterior pelo CsF continuarão a ser bancados pelo programa até o término oficial dos estudos.
Razões para o fim do Ciência sem Fronteiras
Segundo o ministro da Educação, Mendonça Filho, o valor do programa foi um dos fatores principais para a decisão de encerrá-lo: uma bolsa de graduação no exterior equivale aos gastos integrais de uma graduação de quatro anos no Brasil para três alunos, de acordo com o preço médio no ProUni ou FIES. O programa custou ao governo, ao longo de quatro anos, mais 6,4 bilhões de reais.
Outro fator que levou ao término do programa é o despreparo dos candidatos, principalmente em relação à proficiência na língua inglesa. O governo brasileiro chegou a acrescentar um curso de inglês intensivo para os candidatos selecionados que ainda não tinham a fluência mínima para o início dos estudos acadêmicos no exterior.
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