Da engenharia à fotografia, passando por administração de empresas, comércio exterior, empreendedorismo, tecnologia, finanças, marketing, turismo, artes, recursos humanos e direito, entre muitos outros, os cursos de extensão universitária abrangem diversas áreas do conhecimento e podem ajudar a tornar o currículo mais atraente.
E, quando feitos no exterior, podem ter impacto ainda maior na carreira. Não por acaso, esta modalidade de curso tem ganhado cada vez mais adeptos interessados em aprimorar as suas habilidades profissionais e internacionalizar o currículo.
Curso de extensão:por que fazer no exterior?
Ministrados dentro de conceituadas universidades ou escolas com professores com mestrado e doutorado que fazem parte do mercado, os cursos de extensão universitária no exterior se mostram cada vez mais importantes para profissionais que desejam se destacar no mercado de trabalho.
É que, dentre as qualidades e aspectos comportamentais que mais chamam a atenção dos recrutadores durante um processo seletivo, estão justamente a facilidade de interagir com as novas gerações e a vontade de se atualizar profissionalmente – ambas adquiridas neste tipo de experiência.
“Para vagas mais específicas, os profissionais que já fizeram algum curso relacionado à carreira se tornam muito mais atrativos aos olhos do entrevistador. A realização do curso demonstra interesse, curiosidade e algo muito importante: que o profissional gosta de estudar e de se atualizar”, afirma Lucia Neves, gestora de Recursos Humanos do STB.
"A busca pela informação e o aprimoramento de habilidades, competências e técnicas são elementos que completam o profissional e melhoram as qualidades pessoais", acrescenta.
Justamente por isso, os profissionais de recursos humanos tendem a se atentar cada vez mais para candidatos que investem na educação contínua. Segundo Lucia, pessoas que não buscam formas de se renovar ao longo da carreira por meio de extensões ou intercâmbios, por exemplo, acabam se tornando menos energéticas e criativas, e, consequentemente, menos interessantes para as empresas.
"Quem não se atualiza, claramente não tem as mesmas condições e promoções que um bom funcionário. O profissional que por anos se dedicou à empresa, mas não se atualizou, vem se deparando com as demissões e não consegue se recolocar facilmente no mercado de trabalho atual", explica.
Vale destacar também que, se tratando de uma extensão realizada especificamente no exterior, os ganhos são ainda maiores para o estudante. Diferentemente de um curso ministrado no Brasil, os cursos realizados fora do país desenvolvem habilidades que não se restringem apenas ao conteúdo teórico ensinado em sala de aula, abrangendo, também, o aperfeiçoamento de uma segunda língua e a internacionalização da rede de relacionamentos.
Além disso, o fato de conviver com colegas e professores de diferentes culturas inevitavelmente coloca o aluno em contato com novas formas de pensar, encarar problemas e propor soluções. "Trata-se de um investimento pessoal e profissional que levamos para a vida toda. Aos olhos do recrutador, é facilmente perceptível o perfil de um candidato que estudou no exterior: ele é mais interessado em novos conhecimentos, desafios e culturas. Além disso, o senso de responsabilidade e decisão são mais expressivos nestas pessoas", afirma Lucia.
Como funcionam os cursos de extensão universitária no exterior?
Indicados tanto para recém-formados em busca de ampliar os horizontes antes de ingressar no mercado de trabalho quanto para profissionais mais experientes que desejam aprimorar os seus conhecimentos ou mudar de área, os cursos acontecem dentro de grandes universidades internacionais e podem ter duração de uma semana a dois anos.
Segundo Bruno Contrera, gestor de Universidades e Cursos no Exterior do STB, os pré-requisitos para sua realização podem variar dependendo do destino e da instituição escolhida, que podem ser universidades públicas, como a University of California, e escolas particulares, como o Greystone College, no Canadá, ou a London School of Business & Finance, na Inglaterra.
Uma das exigências comum a todas é em relação ao nível de domínio do inglês. "Nos Estados Unidos, sempre será necessária a comprovação de fluência por meio de um exame de proficiência reconhecido, como TOEFL ou IELTS.
No caso das instituições parceiras do STB em países como Canadá e Austrália, existe a possibilidade de a própria instituição de ensino aplicar uma avaliação de idioma em um de nossos escritórios. Enquanto, na Inglaterra, uma entrevista com um professor ou coordenador do curso já é o suficiente para comprovar domínio do idioma", explica Contrera.
Segundo ele, a busca por cursos de extensão universitária no exterior cresceu 30% no último ano, sendo os oferecidos pela University of California os mais procurados. "Temos vasta experiência com as UCs, com as quais trabalhamos há quase 40 anos no STB. Eles já estão no mercado há muito tempo e têm muito sucesso com todos os estudantes que os procuram", diz.
Dentre os alunos que ajudaram a aumentar estes números está o estudante de economia e administração Adalmiro Netto, 22, que desde janeiro está realizando o curso de Empreendedorismo na UC Berkeley – uma das dez melhores instituições de ensino superior do mundo segundo ranking divulgado pela Times Higher Education.
“Eu estava no quarto ano da faculdade quando percebi que o domínio do inglês fazia muita diferença ao realizar uma entrevista de emprego, e que, mesmo já tendo praticado bastante o idioma, ainda não era o suficiente. Eu estudei inglês quando estava na escola e praticava um pouco quando ia viajar, mas era algo muito básico. Além de uma ótima experiência pessoal, achei que seria muito bom ter uma universidade renomada como a UC Berkeley no meu currículo”, conta Netto.
Fundado em 1868, o campus da UC Berkeley foi o primeiro dos dez campi constituintes da renomada University of California a ser inaugurado, contando com um histórico impressionante de ex-alunos, o que inclui 29 ganhadores do Prêmio Nobel.
“O ambiente do curso é muito bacana: o prédio fica fora do campus, mas nós temos acesso às dependências da universidade como qualquer outro aluno. Podemos ir à biblioteca, usar as ferramentas de pesquisa... Outra coisa que eu gosto bastante é que os professores trabalham ao mesmo tempo em que dão aula. O professor que leciona mídias sociais para a gente pela manhã, por exemplo, trabalha em uma consultoria de mídias durante a tarde”, acrescenta o estudante, que após a conclusão do curso planeja realizar um estágio profissional na área pela primeira vez.
Segundo Contrera, é comum que as aulas de cursos de extensão universitária sejam ministradas por professores inseridos no mercado de trabalho. “Assim, além de estarem em um ambiente global trabalhando em grupos, os estudantes têm aulas com profissionais com vasta experiência na área”, afirma.
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