
O Salão do Estudante esteve na cidade de São Paulo no último final de semana após passar por Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro durante todo o mês de setembro. A segunda edição brasileira em 2018 da maior feira de intercâmbios da América Latina recebeu mais de 200 expositores de todas as partes do mundo e 33.783 visitantes.
Uma das novidades desta edição foi a participação de youtubers e influenciadores digitais em toda a programação da feira, seja em vários seminários, nas redes sociais e disposição para conversar com os visitantes sobre suas experiências pessoais de intercâmbio.
Em São Paulo, estiveram presentes as jovens Bia Jarzinski e Marina Carvalho. Ambas tiveram experiência de intercâmbio de High School respectivamente nos Estados Unidos e Canadá. Elas possuem canais no YouTube onde divulgaram vídeos sobre diferentes aspectos da viagem, desde o preparo antes de partir até a depressão pós-intercâmbio de quem já voltou para o Brasil.
Mesa redonda “Intercâmbio e Viagens”
No sábado, elas se uniram à Carla Bigatto, jornalista da BandNews FM que recentemente fez um curso de inglês em Londres, para a mesa redonda sobre intercâmbio e viagens mediada por Marina Lhullier, especialista em educação internacional. As três responderam as dúvidas dos presentes sobre, por exemplo, como foi o processo de adaptação e quanto foi investido no intercâmbio.
Carla salientou a importância para o seu intercâmbio de ter encontrado um curso que mesclava aulas de inglês em um formato mais tradicional com passeios e visitas a pontos turísticos para o aprendizado in loco, principalmente quando a experiência é limitada a apenas quatro semanas. A jornalista também orientou a considerar os gastos com transporte e alimentação na hora de preparar o orçamento, despesas que influenciaram em sua viagem, mas que, se fosse repetir a experiência, teria relaxado e aproveitado mais a fase de planejamento, que também pode ser prazerosa.
Mazzi e Bia Jarzinski, youtubers com experiência de High School no exterior, durante o Salão do Estudante em São Paulo.
Bia e Mariana fizeram intercâmbios mais longos, de um ano e seis meses respectivamente. Ambas ficaram hospedadas em homestay. Intercambista nos Estados Unidos, Bia comenta que se pudesse mudar algo teria trocado de host family durante o período que permaneceu fora. Segunda ela, não foi algo que influenciou tanto o resultado positivo da experiência, no entanto, por sempre ouvir que é melhor evitar trocar de família, ela resolveu permanecer com a sua mesmo não estando cem por cento satisfeita e, atualmente, ela percebe que poderia ter sido diferente.
Já Mariana desejaria ter feito amizade com os intercambistas alemães da sua escola canadense mais cedo. Ela acabou ficando muito próxima deles no final da viagem e gostaria de ter tido mais tempo de aproveitar a companhia dos amigos. Tanto ela quanto Bia não tiveram dificuldade com o ensino médio estrangeiro, especialmente porque nos Estados Unidos e no Canadá o aluno tem liberdade de montar a maior parte da sua grade curricular.
Ex-alunos e representantes nos estandes
Os seminários não foram a única oportunidade de conversar e tirar dúvidas com quem já passou pela experiência. A maioria dos estandes de universidades e agências contam com ex-alunos e estudantes internacionais, além de representantes oficiais estrangeiros para quem preferisse colocar a conversação em inglês em prática.
Esse foi o caso do estande da Full Sail University, onde os visitantes podiam conversar com Pedro Félix Zimmer, gaúcho de Erechim graduado no curso de Produção Musical da universidade, de 20 meses de duração. “Eu queria estudar produção musical e vi que aqui no Brasil não tinha muitos cursos interessantes. Aí quando eu descobri sobre a Full Sail, vi os estúdios e o currículo deles, as pessoas que se formaram lá, eu sabia que era a única escolha lógica para fazer”, explica.
A Full Sail University é uma instituição norte-americana da Flórida reconhecida pelos cursos acadêmicos nas áreas de entretenimento, mídias, artes e indústrias da tecnologia. A grade curricular dos programas de estudo incluem módulos práticos em estúdios e laboratórios, além de a maioria dos estudantes terem a oportunidade de fazer estágios em empresas renomadas do setor, como Disney, MTV, Pixar e Universal Studios.
“Enquanto eu estudava na Full Sail, eu fiz um estágio na WWE, uma das maiores empresas de entretenimento dos Estados Unidos. E depois que me formei, eu fiz um estágio no Sound Kitchen Studios, maior estúdio de Nashville e um dos maiores dos Estados Unidos também”, conta Zimmer.
Outro exemplo é a Patrícia Razuk que passou sete meses estudando inglês e trabalhando em Sydney, na Austrália, pela SEDA Intercâmbios, e não só esteve presente no estande da agência como apresentou o seminário “Intercâmbio na Austrália e seus desafios: A visão de uma intercambista” que você pode ver na íntegra na nossa página do Facebook.
Opções variadas de intercâmbio
A atração principal do Salão do Estudante é a variedade. É possível encontrar representantes desde universidades de diferentes países, que poderão tirar dúvidas sobre cursos como preparatórios, graduações e pós-graduações, até boarding schools e acampamentos de verão para adolescentes, passando por diversos cursos de idioma, principalmente de inglês e espanhol.
“A procura varia de acordo com as cidades [pelas quais o Salão do Estudante passou], mas nós temos um nosso programa de Summer Camp que está fazendo sucesso para jovens entre 12 e 17 anos”, conta Marisa Bolzan, uma das representantes da UC San Diego Extension International Programs.
Visite o site do Salão do Estudante para conhecer sobre os expositores e receber notícias sobre as próximas edições da feira.