
Nós já explicamos o que significa de ensino híbrido aqui no Hotcourses Brasil e como as universidades internacionais estão o adaptando para atender à demanda atual de segurança da pandemia do coronavírus sem deixar que as aulas atrasem ou sejam canceladas.
Em 2021, enquanto a população ainda não é vacinada e as viagens internacionais não se normalizam, muito provavelmente as instituições de ensino superior continuarão a usar um ou mais métodos de ensino híbrido – ou blended learning em inglês – para dar continuidade às suas graduações e pós-graduações.
Por isso, resolvemos nos aprofundar um pouco mais no assunto e entender como funcionam os métodos mais recorrentes do ensino híbrido. Você já está familiarizado com eles?
1. Presencial
O método cara a cara consiste em aulas tradicionais de aprendizado com a presença de um instrutor. Elas podem ser complementadas com tecnologias para permitir que os estudantes controlem o seu próprio ritmo de estudos.
Como esse é o modelo mais comum de ensino, é mais fácil de identificar os seus benefícios: o contato pessoal com o professor e outros alunos, mentoria presencial, prática e o feedback em tempo real.
2. Rotação
No método rotação, os estudantes passam de uma atividade para outra com diferentes objetivos de aprendizado, seja em uma sessão de ensino estruturada dirigida por um professor ou online de forma autodirigida.
O método pode incluir estações de aprendizagem, laboratórios e sala de aula invertida, onde o aluno pratica a lição sozinho antes de participar da aula presencial com um instrutor (isso é bastante comum em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido).
“O modelo de Rotação Individual permite que os alunos rotacionem através das estações, mas diferente de outros modelos, nesse o aluno tem seu roteiro programado por ele mesmo ou pelo professor e rotaciona pelas estações sozinho”, explica o site Silabe.
Esse método faz parte do conjunto de modelos chamados de sustentados, que são os mais próximos ao ensino tradicional.
3. Flex
O aprendizado flexível é um termo que pode ser usado alternadamente com o aprendizado personalizado. Ao acessar meios de integração da aprendizagem em um Learning Management System (LMS ou, em português, Sistema de Gestão de Aprendizagem), o aluno controla sua trajetória de estudos, escolhendo o que deseja aprender. O instrutor geralmente está presente como mentor, para responder a perguntas e não para passar todo o conteúdo.
“O aluno tem alguns roteiros que são entregues via plataforma digital, no qual realiza as atividades propostas em parte do tempo, com o professor por perto, como um tutor, e em outros momentos pode trabalhar em projetos com outros alunos ou fazer algo mais relacionado a uma atividade física”, descreve o site Nova Escola. “Aqui, é possível intercalar ações individuais e coletivas online.”
4. Gamificação
A gamification, que aportuguesado ficou conhecido como gamificação, é uma metodologia ativa. Ela usa elementos de jogo (games) no ensino, como pontuação, fases ou níveis. O intuito é motivar os alunos a experimentar o material em seu próprio tempo e também promover um pouco de competição, quase sempre com ele mesmo.
Também chamado de ludificação, esse método basicamente utiliza de ideias e mecanismos de jogos para incentivar alguém a fazer algo. “Na educação a distância a ideia é criar uma motivação intrínseca, em que o aprendizado acontece por meio das próprias brincadeiras, sem separação entre a teoria e a prática”, conclui o site edools.
A gamificação estimula uma competição saudável, provoca um sentimento de êxito, acompanha claramente o progresso do estudante, oferece um feedback em tempo real (com testes online de múltipla-escolha ao final de cada capítulo, por exemplo), entre outros benefícios.
Embora seja uma metodologia eficiente e usada em basicamente todos os aspectos da nossa vida online hoje em dia (está em peso nas redes sociais!), há alguns pontos negativos que precisam ser salientados. Ao usar a gamificação no ensino, não se pode perder o foco no resultado – ou seja, o aprendizado – e a qualidade dos estudos.
5. Laboratório online
Este modelo de aprendizado combinado é totalmente digital, com pouca ou nenhuma interação do instrutor, e ocorre antes, durante ou depois de um treinamento presencial. Os alunos acessam o conteúdo em telefones celulares (mLearning), laptops ou tablets na escola ou em casa.
A modalidade busca envolver e solidificar o aprendizado e o estudante tem a liberdade de controlar aspectos como tempo de estudo, modo, ritmo e local.
6. À la carte
A metodologia à la carte – em inglês, self-blend – é um conteúdo suplementar, seja na forma de webinários, artigos, blogs do setor ou tutoriais em vídeo adicionais. Tudo isso ajuda os alunos automotivados a se aprofundarem em um tema que está sendo estudado.
Um Sistema de Gestão de Aprendizagem (LMS) bem pensado pode combinar diversas fontes de conteúdo em uma mesma plataforma online para estimular a curiosidade e o crescimento dos estudantes.
“No modelo, o estudante é responsável pela organização do seu estudo a partir de objetivos gerais de aprendizagem a atingir. As disciplinas podem ser eletivas e combinar, por exemplo, com os itinerários formativos escolhidos pelos estudantes”, elucida o Nova Escola.
Sendo assim, no self-blend, o aluno tem aula online ou presencial com um professor e, depois, pode escolher aprofundar o seu conhecimento e a sua experiência educacional com diferentes recursos virtuais geralmente disponibilizado pela própria instituição em um só lugar.
7. Online
Este modelo de aprendizagem combinada é totalmente autodirigido e ocorre em um ambiente digital. Os alunos podem interagir com um instrutor por meio de chat, email ou quadro de mensagens – mas não cara a cara.
O modelo online oferece um cronograma flexível e personalizado, mas carece da interação presencial que acontece nos outros tipos de aprendizado combinado listados acima.
Um LMS é a melhor maneira de incentivar os usuários a direcionar seu próprio aprendizado enquanto monitoram o seu processo e aproveitam das mídias virtuais disponíveis. Eventualmente, podem participam de discussões em sala de aula.
Começo online, presencial depois
Com o ensino híbrido, nesse momento de pandemia, as universidades conseguem adaptar os cursos para online até que as aulas possam ser retomadas com segurança no campus ou então mesclar o aprendizado online e presencial.
No modelo “começo online, presencial depois”, as aulas se iniciam online, assistidas por recursos, materiais e avaliações exclusivamente virtuais e mantidas pela universidade, mas com a atenção para que a qualidade do ensino seja a mesma que a presencial. A perspectiva é de voltar ao campus mais adiante quando o governo do país liberar o retorno das aulas presenciais.