
Atylla Brito, 27 anos, de Araguaçu (TO), teve a sua primeira experiência de estudos no Canadá em 2014 quando conseguiu uma bolsa de estudo pelo programa Ciência sem Fronteiras.
Depois disso, resolveu retornar ao país, onde hoje está concluindo o seu Mestrado em Gestão da Engenharia na renomada University of Ottawa e trabalha no planejamento do transporte urbano em Gatineau.
Conversamos com o Atylla sobre fazer uma pós-graduação canadense, o ambiente profissional do país e as mudanças na sua rotina por conta do coronavírus. Confira a seguir!
O que te levou a optar por um curso internacional e pelo Canadá como o seu destino de estudo?
Desde bem novo, eu sempre fantasiei com a ideia de trabalhar e viver no exterior. Eu vim estudar no Canadá pelo Ciência sem Fronteiras em 2014. Escolhi o país por causa do bilinguismo, da imagem acolhedora e inclusiva do país e pelas oportunidades profissionais.
Depois da sua primeira experiência de estudo no Canadá pelo Ciências sem Fronteiras você decidiu continuar no país? Como foi esse processo de decisão e permanência?
Eu voltei para o Brasil para terminar a faculdade, mas voltei para o Canadá por causa de um relacionamento que tinha começado aqui. O processo de decisão foi relativamente fácil, já que a situação no Brasil já estava ficando difícil e eu tinha motivos pessoais para poder voltar para cá.
A permanência foi mais difícil, a distância da família e o inverno rigoroso foram elementos mais difíceis de superar, mas acho que acabei me acostumando.
O que achou do seu processo de seleção na uOttawa?
O processo de aplicação foi tranquilo porque eu já estava morando em Ottawa antes de começar o meu atual curso. O processo de seleção é bem transparente, mas é muito importante fornecer todos os documentos exigidos.
Qual é o seu curso na uOttawa? Considerando a sua área de estudo, o que a universidade oferece como vantagens aos seus planos pessoais, acadêmicos e profissionais?
Estou no último semestre do Mestrado em Gestão da Engenharia. A universidade me oferece uma estrutura bibliográfica incrível, muita oportunidade de networking e professores de renome internacional em várias áreas da engenharia.
No plano pessoal, a universidade tem um serviço de saúde bem eficiente (inclusive em saúde mental), atividades esportivas, além de uma semana de integração no começo de cada semestre, que ajuda a gente a se enturmar um pouco.
Você chegou a ter aulas presenciais? Como tem sido a sua rotina de estudos durante a pandemia do coronavírus?
Sim, pois comecei o mestrado part-time no outono de 2019. A rotina de estudos foi muito afetada por causa da pandemia, como no mundo todo, tivemos que nos adaptar a uma realidade de aulas virtuais. Foi difícil no começo, mas a universidade mostrou a flexibilidade necessária para permitir a transição que os alunos precisavam.
O que tem achado do sistema de ensino do Canadá até agora? Para você, quais são os prós e contras?
Muito eficaz! Por aqui o aprendizado se faz de maneira mais calma e com menos pressão que no Brasil. As provas têm um pouco menos de peso e os trabalhos e projetos desenvolvidos ao longo do semestre são mais preconizados. Também gosto do fato que a carga horária (período em sala de aula) é menor e mais prioridade é dada à autonomia do aluno para aprender por si mesmo.
Em termos de desvantagem, eu mencionaria o fato que às vezes as turmas são muito grandes, o que cria uma certa impessoalidade na relação entre os professores e os alunos que incomoda um pouco.
Quais são os seus planos e perspectivas para 2021?
Terminar o mestrado em abril, receber a certificação plena da Ordem dos Engenheiros do Québec e a certificação PMP na perspectiva de aplicar esse aprendizado no meu trabalho. Eu trabalho no planejamento do transporte urbano em Gatineau.
Como você encontrou o seu trabalho em Gatineau? A universidade teve algum tipo de participação no processo?
Aplicando diretamente no site da Société de Transport de l’Outaouais (STO). Eu já trabalhava lá antes de começar o mestrado na uOttawa, mas a minha chefe ficou muito feliz quando disse que iria fazer mestrado meio período numa reconhecidamente boa universidade.
E o que você acha da cultura e do ambiente profissional o Canadá? É muito diferente do que você estava acostumado? De quais formas?
Pessoalmente, eu acho que a cultura de trabalho na STO é bastante ética e saudável e o ambiente de trabalho é muito agradável e respeitoso. É a minha primeira experiência profissional depois da graduação, então foi o único estilo ao qual fui exposto. De toda forma, eu adoro!
Você recomendaria a uOttawa a outros brasileiros interessados em estudar no Canadá, mesmo nesse período de pandemia? Por quê?
Recomendaria com certeza! É uma boa universidade, num país do G-7, numa cidade com qualidade de vida incrível. É verdade que a pandemia e a as aulas à distância tiram um pouco da mágica da experiência acadêmica no exterior, mas acredito que o conhecimento e as oportunidades que ficam ainda compensam.
Conheça a uOttawa
Todos os anos, a uOttawa recebe mais de 8.000 estudantes internacionais de 115 países. Localizada na capital do Canadá, ela está cercada por muitos recursos internacionais, incluindo dezenas de ONGs, embaixadas e consulados.
Entre as melhores universidades do mundo, ela oferece mais de 550 programas de graduação, mestrado e doutorado. Os diplomas da uOttawa são globalmente reconhecidos!
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